Fazendo juz ao nome do Blog.

Estou sem muita inspiração hoje... É sempre bom ter um amigo Johnnie Walker por perto para incentivar o cérebro a traduzir os pensamentos que vem como relâmpagos, mas hoje é diferente; Aposto na tristeza para me ajudar esta noite, pois o Johnnie acabou, o cigarro acabou e uma grande amiga me desprezou.

Não costumo fazer isso, deixar relatos pessoais expostos, principalmente os que não me fazem tão bem. Como diria o grande autor de várias canções de auto-ajuda Kurt Cobain, “são como expor as feridas em carne viva ao sol, elas ardem demais no começo, mas secam logo após”.

Impossível não me emocionar ao me lembrar de cenas fortes que vivi, com pessoas que mais pareceram anjos em minha vida, do que simplesmente “pessoas”.

Eu tinha uma amiga, que sem medir o peso das ações, muito menos das palavras, atirou suas opiniões contra mim, como se fosse uma sucessão rápida e ininterrupta de tiros de arma automática, sem ao menos dar o direito de defesa.

Uma ligação de um pouco mais de doze minutos, achei estranho só as primeiras palavras, e ao longo da conversa eu fui me recordando dos momentos de carinho e amizade que passamos juntos, pasmem, chegamos a dividir a mesma laranja para driblar o que um dia foi fome;

Para não perder o foco, me perdi em coisas bonitas, aquela voz tão familiar, sempre doce e gentil me dizendo palavras que teriam me devorado ferozmente se eu ao menos tivesse dado atenção.

Em nome de todo carinho e de toda a nossa história, encerrei a ligação sem me defender... por simplesmente não achar necessário, o que não quer dizer que concordo com o que ouvi.

F*****, meu carinho, meu amor por você é o mesmo, senão maior... Pois você mostrou sua grandeza, passando por cima de tudo o que eu signifiquei para você um dia, isto para defender uma versão da história que você conheceu apenas um lado, para brigar pela pessoa que eu mais protegi este tempo todo.

Ou seja, lutamos pelo mesmo ideal, (a mesma pessoa) como sempre fizemos, porém, nossos uniformes mudaram a cor.

Fico aqui no meu lugar, onde posso me entorpecer, me distrair, aonde sou capaz de relembrar os melhores momentos de tudo aquilo que eu vivi, faz parte do show da vida.

Português nenhum pode expressar minha tristeza hoje.