...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

As análises que eu fiz, a nível de pensamento crítico, crônico e coisas do gênero...

Ando extremamente intolerante pra certas coisas. Principalmente pra erros de concordância, frases feitas e clichês. Se fossem frases-feitas do tipo Bia Falcão vá lá. Um “Tarde Piastes” não faz mal pra ninguém... Mas agora esses irritantes “a nível de...”, “e coisas do gênero...”, “nóis fez...” vai a merda!

Pode reparar. Em toda conversa, em todo bom dia, tem de haver uma dessas. Parece que as pessoas (algumas é claro), vivem em um mundo sem acesso a informação e a criatividade, onde tudo deve ser copiado, imitado, plagiado...e tudo isso, sem nem se dar ao trabalho de ver se a situação pede o uso do clichê do momento. É como aquele que se usa muito em velório – “ele foi pra um lugar melhor” – Quero ainda ver uma viúva gritar: - Foi, mas foda-se! Queria ele fudido, mas vivo!! – ia ser muito legal! Outra que me irrita também são as dos aniversários... ”Não repara porque é só uma lembrancinha...” Que cara de pau! Se não quer que repare, porque chama a atenção para aquele seis panos de prato? Gente doida...

Emails de funcionários que se vão para “buscar novas oportunidades e novos desafios”, mas que fazem isso com uma puta dor no coração, também me irrita bastante! As frases que eles usam então... ”Prefiro arriscar e ver o prazer do desconhecido, ao findar nesse limbo escuro e tórrido, a perder a chance de não conhecer algo de bom”... Faz um favor! Por que não diz só Tchau e some! E “esqueça esse lance de Happy Hour pra tirar a cara de despedida e parecer um até logo...” Todo mundo, inclusive você, sabe que você nunca mais vai aparecer mesmo. Chega a ser cômico quando não é trágico!

Nessa mesma linha administrativa, existe um muito usado quando alguém é mandado embora, o famoso: “Foi performance...” - se bem que é melhor pensar assim...

O uso do “etc” é outro sapo gordo pra engolir. É pura falta do que falar, ai o cara pra encher lingüiça soca um etc e que se foda a lógica.

Vi o Cláudio Lembo esses dias dizer: “... e a criminalidade aumenta em função da pobreza, drogas, fome, miséria, desigualdade social, injustiça, em função do sistema criminal falho e etc...” e ETC?!?! Quem mais falta? O Bin Laden? Quebra o galho irmão! Uma outra boa também é a do anfitrião... ”Mas já?! Tá cedo!”, ou aquela da sogra pro genro - “Oiiiiiiii Lindo! Fica a vontade...”, ou aquela sinistra que todo indiscreto usa– “Não me leva a mal, mas...” pode esperar que vem merda na certa.

Os “pobremas”, os “nóis fez”, ou os “agente vamos” já se tornaram coisa normal, passa despercebido... Venceu pelo “cançasso”! Alguns fingem que não percebem, outros não percebem mesmo e outros ainda falam – “Mas isso é pobrema seu!”.

O que realmente importa e irrita, é a preguiça em não querer saber o certo por pura preguiça. Nem que seja no modo de falar, de se portar, de escrever e de pensar menos errado, com menos pressa (pasme “menas” pressa não existe). Isso sim é triste. Triste também é a posição cômoda dos preguiçosos em colocar a culpa no governo, alegando que não há oportunidade de estudo para as minorias, que não há ensino de qualidade. Ora senhores e senhoras, têm muita gente, muito letrada, e com muitos diplomas que escorregam nos “pobremas” da vida...

Talvez pensando bem, o que talvez me irrite de verdade é a preguiça e a ignorância, visto que burrice e suas conseqüências e adjetivos são coisas opcionais e não genéticas. Isso realmente me incomoda muito. Só perde pra discurso do Lula, feriado de Quarta-feira, Músicas do Padre Marcelo Rossi, comercial das Casas Bahia, gente que fala difícil em aniversário de cinco anos e calça social preta com meia branca de algodão.

Se bem que essa última não me irrita. Me entristece !

Nenhum comentário:

Postar um comentário