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domingo, 10 de janeiro de 2010

Não sou fã de mulher de bunda (muito) dura.

Pra variar, eu estava pensando em bobagem e cheguei a mais uma descoberta faraônica. Eu não sou fã de mulher com a bunda muito dura! A maioria de mulher de bunda muito dura são chatas demais. Só conversam sobre dietas e miraculosos cremes, sem falar nas sequencias infindáveis de supinos, flexões, barras e aquele monte de aparelhos de academia de ginástica, que elas dizem manobrar com a maestria de um espadachim. Mulher de bunda muito dura geralmente só se envolve com homem de bunda muito dura, não que eu seja um "bunda muito mole", mas é que os nossos papos não vão bater, as idéias não vão sincronizar entende? Nem assuntos vamos ter. Gostaremos de coisas diferentes e opostas... Eu por exemplo, gosto de dormir abraçado no sofá, ou de conchinha e não de correr duas horas no Parque Ibirapuera... Correr e conversar é impossível... As duas únicas coisas que eu faço ao mesmo tempo é pensar e escrever... e isso nem acontece em todos os textos.

Acho que vale a pena abrir mão de determinados requerimentos físicos em prol da felicidade "dura e doura"? Adoro comer churros, namorar na beira do fogão, enquanto o macarrão na fica tão al dente como nós... Descansar mesmo sem estar cansado no Ibirapuera citado acima debaixo da sombra de uma árvore, mas isso sem a obrigatoriedade de cumprir distâncias e fazer sacrifícios pelas tais leis da beleza americanizadas nos filmes, inclusive os pornôs, mas sim sentados um ao lado do outro, rindo das bobagens que falamos, fizemos e em um dia com muita sorte, das que os outros fazem ao vivo.

Entre um plano e outro, entre um sonho de futuro e um beijo gostoso, nós os "bunda moles" ficamos moles como nosso coração tem de estar, nos desarmamos e nos sentimos felizes por trazer felicidade, por criar uma atmosfera de verdades e acima de qualquer suspeita. Ser bunda mole é um dom que hoje em dia está em falta no mercado, nem sempre é fácil encontrar, e isso sem falar nos "bunda-mole-dura", que por vaidade e orgulho preferem só ser conhecidos pelos dotes palpáveis.

Não quero que você pense que sou contra bundas muito duras, nem grite na minha orelha "herege", pois quem não as admira? Quem as não deseja? E quem não as protege quando as tem? Só sou contra o processo perpétuo de manutenção dessa merda de bunda muito dura como ítem principal, quando na verdade é acessório, e contra o endurecimento cerebral, cardíaco e intelectual que acompanha o muscular senão bem dosado, e vamos combinar isso para não termos problemas de comunicação.

Resumindo a prosa... para mim a rigidez que realmente importa é a de caráter.

O resto é pura funilaria... Tunning, sei lá...

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